Um panorama atual sobre a Disfunção Temporomandibular

     Disfunção Temporomandibular (DTM) é o nome dado a todas as condições clínicas que acometem tanto a Articulação Temporomandibular (ATM) propriamente dita, quanto os tecidos relacionados a essa articulação, como por exemplo, os músculos da mastigação.

      As queixas mais comuns relatadas pelos pacientes que apresentam sinais e sintomas de DTM são: dor na ATM e/ou musculatura relacionada (podendo esta dor ser espontânea ou estimulada pela palpação e/ou função mandibular), limitação de abertura bucal, travamento mandibular (de boca fechada ou de aberta), além de sons articulares como o estalido e a creptação.

    Estes sintomas estão presentes entre 40 a 60% da população, sendo a segunda maior queixa de dor (vindo logo atrás das dores odontogênicas) responsável por levar os pacientes aos consultórios odontológicos em busca de tratamento.

      Estudando a DTM ao longo dos anos, percebemos por meio dos livros, artigos e prática clínica, que essa área da Odontologia passou por muitas fases com as mais variadas opiniões (e porque não dizermos, dogmas!) sobre a sua etiologia e formas de tratamento. E ainda hoje, observamos colegas clínicos inseguros quanto ao correto diagnóstico e controle dos sintomas desta condição, o que pode levá-los, desnecessariamente, a realização de tratamentos invasivos, irreversíveis e, infelizmente, ineficazes.

     Essa dificuldade dos pacientes em encontrar um profissional habilitado à diagnosticá-lo e tratá-lo corretamente faz com que os mesmos transitem por vários profissionais de diferentes especialidades, muitas vezes, em vão, obrigando-os a conviver com a dor e, em alguns casos, acarretando a cronificação do problema. Estudos mostram a alta prevalência da dor crônica no Brasil, uma vez que cerca de 42% da população apresentam sintomas há mais de 3 meses, o que já é considerado um problema de saúde pública.

     Por tudo isso, enfatiza-se a importância dos dentistas estarem preparados para receber os pacientes portadores de sinais e sintomas de DTM em seus consultórios, tendo conhecimento da etiologia, diagnóstico e tratamento adequado. Dessa forma, certamente, promoverão a melhora na qualidade de vida e o alívio do sofrimento de muitas pessoas.

Esse post foi criado pela Professora:

Cristiana Prado

Professora do Instituto Marcelo Pedreira

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